domingo, 21 de abril de 2013

REDUÇÃO DA IMPUNIDADE I

Deu nos jornais, que o ex-governador do Distrito Federal, que foi flagrado recebendo propina e está sendo processado criminalmente, poderá se candidatar novamente. Isto é possível , porque a lei somente impediria a candidatura se já houvesse uma sentença condenatória, e esta ainda não existe, apesar do processo já durar 3 anos! Na época, foi divulgado um vídeo em que ele aparecia recebendo o dinheiro sujo.

Como o povo vota nos candidatos aprovados pelo sistema, então sempre haverá eleitores dos criminosos, estes protegidos por um sistema processual penal disfarçado de democrático, mas que na realidade é potencialmente protetor dos endinheirados. Deve ser por isso, ou seja, para propiciar a obtenção de vantagens na sua tramitação, que os legisladores não previram instrumentos para simplificar o processo judicial, tais como, efetuar julgamentos rápidos quando existir a prova cabal do crime. No caso deste ex-governador não haveria mais o que provar, pois a prova do vídeo foi cabal e a absolvição seria impossível.

A demora na prolação da sentença, como todos sabem, é devida ao uso, pela defesa, de todas as medidas protelatórias permitidas pela lei, e também, ao excesso de feriados, às férias duplicadas dos juízes, ao fato de muitos juízes não mais comparecerem às segundas e sextas (apelidados de juízes TQQ), à eventual corrupção dos operadores do processo (o processo eletrônico melhorou mas não a eliminou) etc.

Assim, enfocando apenas o Código de Processo Penal, penso que deveria haver iniciativa dos grupos moralizantes, no sentido de exigir a inserção nele de um Processo Especial, para permitir julgamentos rápidos nos casos de crimes comprovadamente praticados pelo réu, inclusive restringindo o uso de medidas protelatórias, mas respeitando, na íntegra, os direitos fundamentais previstos na Constituição. Se condenado nesse sugerido Processo, que seria o devido processo legal, o cumprimento da pena seria iniciado, de imediato, na forma prevista na atual Lei de Execução Penal. Pode ser que assim tivéssemos decisões definitivas e rápidas, tão esperadas pela sociedade.

sábado, 13 de abril de 2013

BANQUEIROS - OS REIS DA TERRA


A usura continua, livre e vitoriosa!...Quem sabe, talvez o novo Papa persiga a diminuição dessa ganância desenfreada, da vaidade e da perversidade humana.
O artigo do conceituado Mauro Santayana, no endereço abaixo, transmite uma correta e ética visão dos fatos que causaram danos às economias mundiais, estes originados na conduta criminosa de banqueiros. Foi a primeira vez que li um artigo que jamais leria na maioria da mídia e, por ser esclarecedor, repasso para os amigos “hobbistas”.
Vejam só o trecho seguinte: 

“Se os governantes do mundo inteiro fossem realmente honrados, seria a hora de decidirem, sumariamente, pela estatização dos bancos e o indiciamento dos principais executivos da banca mundial. Eles são os grandes terroristas de nosso tempo. É de se esperar que venham a conhecer a cadeia, como a está conhecendo Bernard Madoff. Entre o criador do índice Nasdaq e os dirigentes do Goldman Sachs não há qualquer diferença moral”. (NR)

De fato não há a menor diferença entre esses meliantes. Só que, de vez em quando, eles deixam alguma brecha e são pegos. 
Recentemente, narrou-se que um operador de um banco internacional enviou para uma Organização de Jornalistas Investigativos um HD contendo relações de  ricos, famosos ou não, políticos e meliantes que depositam nos “paraísos fiscais” (Ilhas Cayman, Bermudas, Jersey, Guemsey, Man etc). Este dinheiro foi proveniente da sonegação de impostos, nos países dos depositantes, ou foi produto de crimes piores, como corrupção, tráfico de drogas, contrabando etc destinado à lavagem. As informações são de que o total de depósitos está entre 21 e 31 trilhões de dólares...
Mas, como para os reis da terra não importa saber a origem do dinheiro, os seus bancos legalizam todo esses depósitos nos mercados de Londres, Paris, Nova York etc. Os governos ocidentais, por sua vez, sabem disso, mas se dizem proibidos de resgatar o dinheiro. Deve ser porque a ação seria contrária aos dogmas liberalistas, pois, pela legislação internacional atual, o ato é perfeitamente legal. E, deve ser por isso também, que Thomaz Jefferson disse, em 1816: "Eu sinceramente acredito que os bancos são mais perigosos do que exércitos em prontidão."  

O confisco desse dinheiro seria a salvação da economia mundial. Mas, quem teria a audácia, a coragem de liderar um movimento para punir o ganho excessivo e ilícito? De concreto, temos que o planeta está mal de moral, cada vez mais...
Fauzi Salmem .

 NR - Bernard foi o criador do índice Nasdaq e foi preso pelas falcatruas. Goldman Sachs foi uma das financeiras que causaram a bancarrota de 2008 (seus dirigentes foram espertos; não foram acusados de nenhum crime e continuam a "agir"). 
   




http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2012/07/13/o-crime-organizado-pelos-banqueiros/

quinta-feira, 11 de abril de 2013

PAZ NA COREIA

Deu nos jornais de hoje, que a OTAN (aliança dos EUA, França, Inglaterra etc) acha que a Coreia do Norte está prestes a usar armas nucleares. Eles estão se defendendo como podem. Estão desesperados, como ficaria raivoso qualquer animal acuado e com fome!  A OTAN não deixa os norte-coreanos negociarem bens e serviços com outros países, num implacável bloqueio econômico que causa a fome, como fizeram no Iraque. Lá morreram milhares de inanição, porque Saddam fora derrotado em 1990, mas não se curvara às exigências dos EUA. A penalidade pela insubmissão foi, também, o bloqueio econômico, gerando aquele genocídio, até que a ONU, por questões humanitárias, exigiu a permissão para trocar petróleo por comida. O bloqueio é a forma de pressionar, para submeter um governo ao seu comando político e econômico, ainda que este governo tenha sido eleito ou aceito pelo povo, como parece ser o presidente da Coreia do Norte. Geralmente, como o orgulho e o nacionalismo geram a intransigência, a insubmissão acaba em Guerra, como foi a guerra de 2003, no Iraque. Eles pintaram Saddam como uma ameaça à humanidade, e a retórica dele provocou o ataque dos aliados, terminando com a insubmissão do governo de Saddam. Mas, agora, temos de torcer para que os americanos não façam o mesmo, porque, assim como o Iraque não tinha, a Coreia do Norte também não tem potencial bélico para ameaçar ninguém, salvo a Coreia do Sul. É impensável o envolvimento da China. Ela tem de ser uma das mediadoras no diálogo entre os coreanos. Quem sabe um governo comum, à moda do sistema chinês, que é uma mistura de socialismo com liberalismo e tem dado certo. Calma, americanos!...