quarta-feira, 29 de maio de 2013

A DEFLAÇÃO

Peço licença para opinar sobre um preocupante tema. A deflação, controlada, causaria um retorno dos preços das coisas ao estado "quo ante", ou seja, mesmos preços que elas tinham antes do início da inflação. Por que, então, os economistas acham que a deflação não seria estabilizante? É difícil de entender o porquê deles, mas num raciocínio de observador, penso que funcionaria bem. Por exemplo, deflaciona-se os preços dos imóveis, cuja alta absurdamente especulada foi a grande causadora de tudo. Toda a alta dos preços, que houve em consequência da alta dos imóveis, perderia a sustentação e cairia também. Os salários teriam o seu poder aquisitivo recuperado, sem necessidade de aumentos. Claro que, se admitiram os imóveis como objeto de especulação, então o investimento é de risco. Assim, poderá haver perdas para quem comprou na alta e quiser vender. As Incorporadoras, Construtoras e Corretoras teriam apenas que aceitar diminuir o excesso de lucro que vêm tendo, sem causar nenhum desemprego. O governo teria como pressioná-las. Acho que poderia solucionar a curto prazo, atraindo capital, não volátil, para investimento em empresas, ou seja, taxando forte ou até proibindo o capital especulativo, como o Vietnam fez, para afugentar os investidores atrás do lucro fácil às custas da miséria causada pela inflação. Mas, como o nosso governo saudou o excesso de lucro, assistindo inerte à consolidação da alta, para só agir tardiamente aumentanto o IOF, o fato despertou a adormecida dragona. E agora, como será? Vamos retornar à indexação, gatilhos etc? Que situação!...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

POR UM JUDICIÁRIO IMPARCIAL

Deu nos jornais de hoje, que o Ministro Barbosa, do Supremo Tribunal, criticou as imoralidades que ocorrem em nosso sistema judiciário, falando num Congresso da Imprensa, na Costa Rica. Pintou corretamente o retrato da nossa Justiça, que penso nunca irá mudar, pois é a nossa cultura, é o nosso costume. Foi isso mesmo que o Lula quis dizer, quando justificou com o costume a compra dos votos do mensalão. O Ministro condenou quando pôde e quer condenar enquanto pode. Lula decepcionou-me porque não quis lutar contra a corrupção. Ao contrário, seus apóstolos se valeram dela para aprovar os projetos do governo. Mas o Ministro não pode decepcionar o povo, eu também, que o tem com ícone, por enquanto. Que tal ele envidar, publicamente, esforços para combater os males denunciados por ele? Nós seremos seus seguidores na luta voluntária e pacífica, para se obter um Judiciário eficiente e imparcial. Ele poderia, por exemplo, propor que o STF apresente um Projeto de Lei para criminalizar a negociação de sentenças. As penas seriam de prisão, com a perda do cargo sem aposentadoria (atualmente a pena é a aposentadoria compulsória). Vamos ver se ele é mesmo sincero ou se está querendo apenas espalhar a me..a. Vou somente acreditar nele, se o STF propuser medidas inteligentes para coibir a influência dos poderosos no Judiciário. A meu ver, ele já começou mal, quando admitiu que 30% dos custos dos Congressos dos Juizes sejam pagos pelo capital privado...A Ministra Eliana queria 0%; eu também...rs.