segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

MERCADO ASSASSINO!


De dezembro para janeiro de 2014, vários produtos, dentre eles a carne, sofreram cerca de 20% de aumento, ou seja, mais do que  o dobro da inflação oficial. O povo, manso (maravilha!), nada grita. Uma parte do povo só gritaria, se motivada, atualmente, por certas páginas da rede social. Foi só esta parcela, e assim mesmo jovem,  que se movimentou em junho, aproveitando o início do protesto espontâneo contra o aumento do preço das passagens.

Foi mais uma farra dos jovens, que não souberam nem mesmo o que pedir e não estão sabendo o que cobrar. Com a devida licença dos prezados leitores que pensam em sentido contrário, os jovens deveriam estar cobrando mais ética nas eleições, como por exemplo,  o fim do financiamento das candidaturas, pelas empresas públicas e privadas.  Esta sempre foi a causa principal da degradação parlamentar, pois gera a marionete de grupos de interesse, que podem ser até contrários ao eleitor de S. Excia...Lembremo-nos do confisco da poupança pelos bancos (Banco Central e os demais Bancos). Milhões de brasileiros votaram num presidente que confiscou suas poupanças, atendendo interesses de seus financiadores. Não entendo bem o porquê de não fazê-lo, mas os jovens poderiam estar sempre pressionando contra a alta dos preços, não só dos preços públicos, marcando reuniões para cobrar publicamente, dos empresários, os aumentos injustificados, tais como o da carne.  

Para completar a perplexidade do excessivo aumento dos preços, recebo a mensagem abaixo, que não é mentirosa quanto à rejeição da carne exportada, pela Rússia e, por isso, estou colando abaixo a advertência, onde se afirma (sem provas)  que o produtor está nos estimulando a comer a carne rejeitada, nociva à saúde. A carne, supostamente agressiva à saúde, fora exportada por maus brasileiros, que não mediram esforços para evitar o prejuízo ou aumentar os seus lucros, mesmo sendo  às custas de danos físicos aos consumidores. No exterior eles fiscalizam os produtos (a Rússia barrou por violação de regras – que vergonha para os brasileiros – ficamos com a fama de espertalhões), mas aqui, quem nos defende?  “Eles” têm certeza da impunidade, pois não deixaram e não deixam o Congresso (são financiadores das eleições dos parlamentares) produzir leis, que os punam com a prisão por violarem as existentes, o que fazem diariamente. Os fiscais? Ora, os fiscais...A maioria parece ser constituída por inatos corruptos, que passam nos concursos para se locupletar com a negociação de suas funções. Mas quando a minoria exerce a função, com zelo, o máximo que pode fazer é multar o infrator,  aumentando a arrecadação do governo. Quando isto ocorre, a mídia noticia a “punição” com alarido, como foi o caso do leite com excesso de formol!  Mas, neste caso da carne, parece que os fiscais não deram importância para o critério da Rússia e concordaram com a venda da carne rejeitada, para nós. Em tese, devem ter sido “convencidos” pelos exportadores de que a Rússia exagerou etc, etc...

Tenho dito que sempre vivemos sob a égide da ditadura de um poder econômico. Uma plutocracia descompromissada com a ética. Sempre fomos vítimas de espertezas, independentemente do partido político governante. Os maus empresários gigantes (e não são poucos) deveriam ser identificados, presos e punidos, como na China e em tantos outros países, um modelo que deveria ser copiado por nós. Alternativamente, pois sabemos que “eles” jamais deixarão isso acontecer, a parte inconformada da sociedade poderia aprender a se organizar, fazendo dos membros dos Sindicatos, das Associações e dos Condomínios, os fiscais dos preços e qualidades dos produtos e serviços. Uma alta de preços como a da carne, por exemplo, deveria ser seguida de uma recomendação aos participantes: não comprem carne bovina, ou até mesmo, o exercício da legítima defesa do patrimônio e da saúde pessoal. O mesmo modelo serviria para outros produtos perigosos para a saúde ou sujeito a preços especulativos.  Como, com todos os princípios éticos pregados pelas várias religiões, como podemos admitir que gananciosos empresários queimem toneladas de frango, para “regular o preço do mercado”?!...Um absurdo, num país que tem de haver Bolsa disso e daquilo, para não deixar o pobre morrer de fome!!!

Porém, não se tem nenhuma esperança de que  isso venha a ocorrer, pois o conformismo, que se observa, passa dos limites...me fazendo concordar com a banda gaúcha do “nois somos inútil”.  Entra governo, sai governo, e a lei do Gerson continua...cada vez mais praticada!


Abraços,
Fauzi Salmem