domingo, 15 de novembro de 2015
O TERROR NÃO É SÓ EM PARIS!
A tragédia em Paris é abominável! Mas não é mais abominável do que a tragédia de alguns povos, mundo afora. Aqui, no Ocidente, ela não ocorre com frequência, daí a consternação pela notícia. A última foi em 2004, na Espanha, com maior número de inocentes mortos e feridos, do que o número de Paris.
O motivo dos ataques do Estado Islâmico foi revidar os ataques da França contra as suas forças na guerra da Síria. Em Paris, a imprensa mundial está dando total cobertura, consternando o mundo todo. Bem que poderiam fazer o mesmo, quando morrem centenas de inocentes, também mulheres e crianças, com muita frequência, naqueles confrontos diários e insanos.
Uma coisa é certa: é preciso que se combata o combate!
É preciso que não seja Ocidente x Estado Islâmico. Ao invés do presidente da França declarar que a reação francesa será implacável, deveria, isto sim, negociar com os inimigos.
Mas percebe-se que, lamentavelmente, os interesses ocidentais são outros, ou seja, de dominar os atuais inimigos, Síria e Irã, garantindo o controle total da produção do petróleo e de seus derivados. Não há espaço para atos sensatos.
As monarquias árabes (Arábia Saudita, Kuwait, Emirados etc) sempre foram aliadas do Ocidente e estão financiando a oposição armada contra o regime atual na Síria, e eu diria, financiando o próprio Estado Islâmico e, também, outros grupos hostis ao governo do Assad (Al Nusra, Al Quaeda e Al sei lá mais o que). Afinal, como o EI pode ter tanto dinheiro, para sustentar esta guerra?... O fato é que este atentado de Paris pode ser a desculpa para um ação maior da Europa, assim como foi o atentado ao World Trade Center, em N.Y.(a morte útil de mais de três mil inocentes), que justificou a dominação do Afeganistão . Naquela época, Síria e Irã foram inseridos no "eixo do mal" do então presidente Bush...Penso que a concretização da dominação está próxima..
Não fosse pela oposição da Rússia e da China, que têm acordos estratégicos, econômicos e militares, com Síria e Irã, estas duas nações já estariam dominadas de há muito, como fizeram com o Iraque e a Líbia, que hoje são países títeres dos EUA e da Europa. Ultimamente, devido à intervenção direta da Rússia, há riscos de confrontos mais trágicos.
EUA e Rússia costuraram, costuraram um acordo, porém não há acordos quando o que se objetiva é a dominação. Cada um sempre quer levar vantagens, porque se acha mais forte militarmente do que o outro. E assim, a guerra continua a ser o meio de prevalecer a lei do mais forte...o topo da bestialidade humana!
quinta-feira, 7 de maio de 2015
PLANOS DE SAÚDE
Venho defendendo que a lei tem de ser mudada. A atual lei favorece às empresas, que oferecem planos de saúde aos seus empregados, pagando a metade e descontando deles a outra metade (na maioria dos casos). Então, como a maioria dos empregados é ainda jovem, as mensalidades dos planos são de pequeno valor e pouco onerosas. Mas, com o envelhecimento, os empregados vão sendo substituídos e o seu calvário se inicia, pois o custo das mensalidades torna-se inviável para os que vão se aposentando.
Quando as questões dos aumentos das mensalidades são levadas ao Poder Judiciário, este aplica a famigerada lei e os contratos nela fundamentados, gerando decisões injustas, que apoiam a discriminação pela idade, sendo totalmente contrárias aos princípios éticos que norteiam a Constituição, além de se chocar com o Estatuto dos Idosos.
Acho que os idosos deveriam lutar por um futuro melhor para os seus descendentes, pois a questão depende da vontade política do Congresso em mudar a concepção dos planos. Ou seja, ao invés dos preços serem fixados em função da faixa etária, eles teriam de ser fixados pela faixa de renda, e em cada faixa o preço teria de ser único, para jovens e velhos. As operadoras não sofrerão prejuízo, pois teriam de apenas recalcular os valores, pela renda e não pela idade. Mas os jovens sofreriam um pequeno aumento, assim como as empresas. Os jovens contestarão, mas serão lembrados de que eles serão os idosos de amanhã e, com certeza, filhos e netos aderirão à proposta. Quanto às empresas, não se espera a voluntariedade em aumentar os seus custos, ainda que seja pouquíssimo em relação aos seus lucros. Teremos de fazer um esforço para vencer a resistência delas, como sempre...Então, está aí a solução para terminar com o abuso dos idosos, que, quando mais precisam, não conseguem pagar as mensalidades com os seus reduzidos proventos de aposentadoria. Velhinhos, escrevam para os políticos de sua preferência, pedindo um Projeto de Lei que acabe com a discriminação pela idade, nos Planos de Saúde. Se tem de haver discriminação, que seja pela faixa de renda, com um preço único para jovens e velhos nas respectivas faixas.
SONEGADORES NA CADEIA
Deveriam divulgar os nomes dos sonegadores criminosos. São eles os responsáveis pelo rombo na arrecadação, que resultou nestas medidas de arrocho salarial (ajuste fiscal é sofisma) que os vendidos do Congresso estão aprovando. A conclusão é que os ativos e inativos sofrerão redução em seus rendimentos para cobrir o buraco nas contas da União, e os preços, claro, ficarão elitizados. Com certeza a solução seria o pov...o identificar e punir aqueles canalhas sonegadores (até eles pagarem suas dívidas), seus verdadeiros inimigos, pois nos cobram todos os impostos já embutidos nos preços, mas não os repassam à Receita, e isto com a conivência do Colegiado de Criminosos da Receita Federal (supostamente nas Receitas Estaduais também), cujas prisões terão de ser exigidas.Então, identificados os bandidos sonegadores e estes corruptos da Receita, os jornais deveriam publicar a relação dos criminosos. Interessante notar que Veja, Globo, Isto é etc, não fizeram nenhum alarido. Já se perguntaram por quê? Da punição daqueles bandidos eu vou querer participar, junto com os cidadãos probos que, por incrível que pareça, ainda existem neste país. Acorda Brasil ! ET. Sou advogado, porém não defendo ladrão do povo; ao contrário, disponho-me a atuar como assistente de acusação, gratuitamente.
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
A CAUSA DAS RECESSÕES
Todo o arrocho mundo afora, está sendo feito para garantir o pagamento
dos juros, devido pelos países endividados.O arrocho mostra a força do
capital, impondo um sistema de cálculo das dívidas pelos juros
compostos. O anatocismo tem sido a principal causa das bolhas,
recessões, conflitos, calotes, moratórias etc e continuará a sê-lo,
enquanto os devedores não exigirem a sua revogação na ONU. Acho que o
BRICS poderia questionar a validade desses superavits fiscais,
exigindo-se o recálculo das dívidas pela computação separada dos juros
(juros simples). Talvez os governos europeus reconheçam que um menor repasse dos juros aos preços seja de interesse e, assim, criem a "coragem de fazer o que
deviam – que era colocar um controle público sobre os bancos..." , conforme bem observado no texto abaixo, que estou colando do site da Carta Capital:
Antonio Martins/Outras
Palavras/Carta Capital
Em 31 de dezembro, a Rede Brasil Atual publicou excelente entrevista em que o repórter Eduardo Maretti
dialoga com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, sobre o “ajuste fiscal”
iniciado pelo governo Dilma. O texto repercutiu muito menos que merecia, por
motivos previsíveis. A mídia conservadora procura apresentar o “ajuste fiscal”
como uma necessidade técnica – portanto, um tema que não pode ser submetido ao
debate político. Parte dos defensores de Dilma torce para o mesmo. Assusta-se
com as medidas já anunciadas ou em estudos – mas prefere vê-las como um recuo
temporário, uma pausa incômoda e inesperada, porém necessária, para cumprir,
mais adiante, o governo de “Mais Mudanças” prometido pela presidenta na
campanha à reeleição. Belluzzo desmonta ambas hipóteses: por isso, vale
examinar seus argumentos com atenção.
O “ajuste fiscal” não pode ser visto como “medida técnica” em
especial porque… não funciona, dispara o economista. Servindo-se de um exemplo
de enorme atualidade, ele questiona: “Acham que devemos adotar as políticas que
foram executadas na Europa e não deram certo – mas que aqui, vão funcionar.
Estamos em Marte?”. Belluzzo refere-se aos programas que os europeus conhecem
como “de austeridade”.
Adotados a partir de 2009, também foram apresentados como
“sacrifícios necessários” para restabelecer o que os mercados financeiros
chamam de “fundamentos” da economia. O Velho Continente viu morrerem inúmeros
direitos sociais. Em muitos países, as aposentadorias regrediram; o desemprego
disparou e os salários reais foram achatados; serviços públicos como Educação e
Saúde deterioram-se ou se tornaram mais restritos; diversas modalidades de
renda básica e seguro-desemprego foram eliminadas. Passados cinco anos,
contudo, não há nenhum sinal de recuperação. Ao final de 2014, a própria
revista Economist,conservadora
porém sofisticada, via na Europa “o maior problema econômico do mundo”. Advertia: está à
vista uma terceira onda recessiva, que agora pode engolfar até a poderosa
Alemanha.
Por que políticas fracassadas são
vistas como tecnicamente indispensáveis? O próprio Belluzzo prossegue: o
objetivo delas não é sanar problemas econômicos, mas atender “os interesses do
mercado financeiro”. O chamado “tripé macroeconômico” (metas de inflação,
câmbio flutuante e superávit fiscal) “diz respeito à globalização financeira, à
integração dos mercados, ao movimento de capitais, sobretudo”. O economista
reconhece: “É muito difícil afrontar isso. Em geral, os países tendem a enfiar
a viola no saco, atropelados pelo mercado financeiro. Os europeus não tiveram
coragem de fazer o que deviam – que era colocar um controle público sobre os
bancos (…) mudar a estrutura do sistema financeiro”.
Rigoroso, Belluzzo também admite que a complacência com os
interesses da oligarquia financeira vem muito antes de Dilma. Ocorre que,
durante os doze primeiros anos de governos da esquerda, foi possível mantê-la
num ambiente internacional que favorecia o Brasil. Eram os tempos de grande
disponibilidade de capitais em todo o mundo e, em especial, de alta excepcional
dos preços das matérias-primas agrícolas e minerais (commodities) – que
o País produz fartamente. Embora não confrontasse o capital financeiro, Lula
teve a ousadia de lançar políticas que direcionaram parte desta riqueza para a
redução da miséria e das desigualdades.
Esta tendência ficou para trás. A economia chinesa, que foi seu
principal motor, crescerá menos, até o final da década. Mais importante: para
depender menos de um mundo em crise prolongada, irá voltar-se para dentro,
estimulando os investimentos em infraestrutura e o aumento do consumo interno.
As commodities já perderam 1/3 do valor máximo, que alcançaram
em 2011. Deverão continuar em queda nos próximos anos, prevem quase
todas as análises.
Este novo cenário internacional
explica, em parte, o impasse do lulismo. Tornou-se possível contentar
simultaneamente ricos e pobres. Mas a opção de Dilma não teria sido saciar as
exigências do mercado financeiro para reconstituir consensos, reduzir as
pressões sobre seu governo e, em seguida, retomar as políticas
distributivistas?
Belluzzo está convencido de que
esta estratégia é uma ilusão. “O mercado não quer conversar com você. O diálogo
de que falam é um monólogo (…) De quem estamos falando? Dessa gente que, na
verdade, é um bando de autistas, que falam com eles mesmos”.
Além disso, adverte ele, “é um engano pensar que 2015 é como 2003
ou 2004”. A indústria já está em recessão: a produção nos três primeiros
trimestres de 2014 caiu 2,9%, em relação ao ano anterior. O suposto “ajuste”
desencadeado pelo governo tende a projetar o país “num túnel, do qual será
difícil sair”. Mais grave: é provável que sejam atingidas duas conquistas que
compõem a base para a sustentação política do governo:
“emprego e renda”. Nesta hipótese, um governo de esquerda executa o programa da
direta e assume, junto à sociedade, todo o desgaste decorrente. É neste aspecto
que, por não ousar, Dilma põe em risco não apenas sua popularidade, mas o
futuro do lulismo.
Quais seriam as alternativas?
Belluzzo crê que o objetivo das políticas econômicas precisa ser recuperar a
capacidade produtiva do país – erodida em décadas de hegemonia do setor
financeiro e privilégios aos exportadores de matérias-primas. Para isso (e não
para exportar minério de ferro), ele vê como positiva uma integração mais
intensa com o BRICS e, em especial, a China. Lembra que é algo já praticado por
Rússia e Índia. Moscou fechou com Pequim fornecimento de 400 bilhões de dólares
em petróleo, nos próximos dez anos. Mas, como contrapartida, a China investirá
na recuperação do parque industrial russo. O mesmo não poderia ser articulado a
partir do pré-sal?
Examinar criticamente o “ajuste
fiscal” é indispensável, num momento em que, ao unir governo e direita, ele
converte-se em “pensamento único”. Isso não significa, contudo, fechar os olhos
a dois grandes gargalos, econômico-políticos, que o Brasil passou a enfrentar,
há dois anos: uma deterioração do saldo das trocas com o exterior (a chamada
“balança comercial”) e do desempenho das finanças públicas. São problemas
reais, em torno dos quais construiu-se intensa desinformação – para que não
fique claro que há sempre mais de uma saída possível. É o que veremos, nos
próximos textos desta série.
sábado, 19 de julho de 2014
PAREM COM A MATANÇA NA PALESTINA
NO SITE
HTTPS://SECURE.AVAAZ.ORG/PO/ISRAEL_PALESTINE_THIS_IS_HOW_IT_ENDS_LOC/?BPHSTHB&V=42687
, HÁ UMA PETIÇÃO DIRIGIDA AOS BANCOS ESTRANGEIROS QUE FINANCIAM ARMAS PARA O EXÉRCITO E INFRAESTRUTURA PARA AS COLÕNIAS ISRAELENSES, E ÀS EMPRESAS QUE FORNECEM, EQUIPAMENTOS MILITARES,
DE ESPIONAGEM, VEÍCULOS DE TRANSPORTE, TRATORES ETC, PARA QUE PAREM DE INVESTIR
EM ISRAEL.
É UMA DAS PROPOSTAS MAIS INOCENTES,
OU DESINFORMADAS, OU CÍNICAS, QUE JÁ VI EM TODOS OS MEUS ANOS DE ACOMPANHAMENTO
DOS CONFLITOS NA REGIÃO. É CLARA A INUTILIDADE DA PETIÇÃO. TANTO O ORGANIZAÇÃO
AVAAZ SABE DISTO, QUE ELA NÃO ACEITA COMENTÁRIOS. O INTERESSADO TEM DE ASSINAR OU NÃO ASSINAR.
ORA, É QUASE DE CEM POR CENTO A PROBABILIDADE
DE QUE ESTAS EMPRESAS REJEITEM O PEDIDO, POIS PARECEM SER DE EMPRESÁRIOS COMPATRIOTAS E
JAMAIS PREJUDICARIAM ISRAEL.
NO ENTANTO, EU ASSINARIA UMA PETIÇÃO AO
SECRETÁRIO GERAL DA ONU, PEDINDO QUE FOSSE FEITA UMA VOTAÇÃO DE UM PEDIDO DE EMBARGO ECONÔMICO A ISRAEL, APLICADO NOS
MOLDES DOS EMBARGOS PARA A SÍRIA, IRAQUE, LÍBIA ETC, ATÉ QUE ELE PARE COM A
COVARDE MATANÇA PERVERSA DOS CIVIS PALESTINOS E SENTE NA MESA PARA DIALOGAR E
DEVOLVER AS TERRAS DELES. AS TERRAS QUE A ONU MANDOU DEVOLVER PELA RESOLUÇÃO Nº
242..
LEIAM, ABAIXO, A PROPOSTA INOCENTE (?),
SENDO QUE NÃO É VERDADE QUE OS PALESTINOS ESTEJAM PEDINDO APOIO PARA ESTA PETIÇÃO,
POIS A NOTÍCIA É DE QUE ELES FIZERAM UM PEDIDO DE INTERVENÇÃO DA ONU.
“O fundo de pensão holandês ABP investe em bancos israelenses responsáveis por patrocinar a colonização da Palestina. Bancos de peso, como Barclays investem em fornecedores de armas israelenses e outras empresas envolvidas com a ocupação. A britânica G4S fornece amplo equipamento de segurança utilizado pelas Forças de Defesa de Israel na ocupação. A Veolia, da França, opera o transporte para os colonos israelenses que vivem ilegalmente em terras palestinas. A gigante da informática Hewlett-Packard oferece um sistema sofisticado que monitora o movimento dos palestinos. A Caterpillar fornece tratores que são usados para demolir casas e destruir fazendas palestinas. Se criarmos o maior apelo global da história para que essas empresas retirem seus investimentos em negócios ligados à ocupação, vamos mostrar claramente que o mundo não será mais cúmplice deste derramamento de sangue. O povo palestino está pedindo ao mundo que apoiemos essa solução e israelenses progressistas também a apoiam. Vamos nos juntar a eles!”
quarta-feira, 21 de maio de 2014
ELEIÇÕES DE 2014
Recebo
diariamente um monte de e-mails de um e de outro lado partidário. Um monte de
conjecturas, acusações vagas e imprecisas, proferidas por um e outro lado, num
quadro de disputa pelos eleitores, cuja maioria nem sempre tem o
discernimento para escolher o que seria melhor para o país.
Não vejo,
nestes e-mails, nenhum debate defendendo-se os prós e contras desta ou daquela
plataforma política, simplesmente porque, as verdadeiras intenções nunca são
reveladas. Por exemplo, nas eleições de 1989, o Collor dizia que o Lula, como
socialista, iria confiscar a poupança do povo. No entanto, foi ele que o fez!
Assim, por
ignorância das intenções de seus candidatos, os remetentes e produtores dos
textos não oferecem um debate produtivo.
Tomo como
exemplo da agitação midiática, o caso das refinarias da Petrobras, que a mídia cobrir com um manto de suspeitas, sem nunca mostrar o seu lado positivo. De fato, a empresa parece ir bem, pois houve uma procura pelos
seus bônus no mercado internacional. Claro, que se houve procura, é porque as
expectativas são boas, pois trata-se de aplicação a longo prazo. E os
investidores não são bobos...
Parece que,
no caso da refinaria americana, a empresa fez investimentos sobrevalorizados,
mas, por outro lado, é boa a perspectiva de seu pagamento em curto prazo. Pode ser que alguém na empresa tenha se
equivocado e causado um prejuízo transitório, e isto é natural no mercado. A própria empresa CSN (Cia.
Siderúgica Nacional), que foi privatizada no governo Collor, por erro de sua
diretoria privada, que é super bem remunerada, causou-se um grande prejuízo, em
2008, irrecuperável, naquele caso, como efeito da “marola” da bolha nos EUA.
Então, ainda
que tenha havido erro, isso não justifica depreciá-la tanto, seja para especulação na Bolsa de Valores, seja para
a oposição dar cordas ao poder econômico privatizante. Chegaram a cotar cada
ação a R$ 12,80. E agora, após melhor análise dos “entendidos”, ela subiu para
R$ 18,00.
Vejam outro exemplo
do baixo nível da campanha. Recebi um e-mail,
circulando na internet um texto parcial da entrevista de Zagalo a um jornal (o remetente
não disse o nome do jornal) de que ele
estava vermelho de vergonha com a corrupção de nossos governantes, acusando o
PT de tirar o brilho do que mais gostamos (deveria estar se referindo ao
futebol).
Ora, de há muito que estamos todos vermelhos de vergonha,
pois nunca conseguimos pagar as contas aos nossos credores. Desde antes do
governo Lula, sempre estávamos renegociando e parcelando a dívida externa, sem nunca conseguir pagar as parcelas devidas
aos nossos reis (credores), mesmo tendo vendido empresas super lucrativas como
a CSN, a Vale etc. É claro que sempre houve
muita corrupção, e da pesada!. Por quê as contas não fechavam? Nunca ninguém soube, pois não havia transparência. À mídia não interessava
desestabilizar um sistema sintonizado com seus objetivos de dominação.
A mudança de governo causou uma diminuição da dívida e,
segundo se tem divulgado, o Brasil poderia até pagar a sua dívida externa de
uma só vez, com as reservas de dólares que hoje temos. Mas,
sistematicamente, desde o final da década passada, que ela tem difundido uma imagem de corrupção
geral, querendo fritar o governo porque não mais quer o PT no poder,
especialmente o Lula, que, inocentemente, foi à Palestina em dezembro de 2008,
para pedir um freio na matança dos palestinos. E passou a ser um inimigo.
As opiniões de pessoas célebres, como Zagalo, pesam muito
e não deveriam ser divulgadas unilateralmente. Sem debate não haverá ética.
Sendo verdade ou não, acho que precisamos é de nos unir, para discutir as
questões dos investimentos e o controle de gastos. Não basta supor a corrupção.
Temos de caçar os corruptores (agentes privados das empresas) e os corrompidos
(agentes públicos). Descobri-los, denunciá-los e prendê-los até que devolvam o
dinheiro roubado do povo.
Assim, continuo a achar que precisamos de elevar o nível
dos debates entre os candidatos e entre os seus séquitos, abrindo espaço para a participação dos eleitores.
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